1 de set. de 2009

da importância de vocês

Porque perdoar as pessoas que erraram é tão difícil? Porque precisamos dar ouvidos aqueles com coração de pedra? E porque nos envergonhar de ceder ao pedido de desculpas?
Não sei. A única coisa da qual eu tenho certeza é que o melhor a ser feito em momentos como esse é agir com o coração, é deixar o nosso coração falar alto e escutar. Às vezes eu queria ser mais dura, não ter um coração de mantega, que fica amolecido e é cheio de sentimentos bons. Mas eu sou assim, eu não consigo. Existem coisas que quando quebradas são difíceis de ser concertadas e quando são concertadas ficam mágoas, ressentimentos e feridas que são quase incuráveis e pode ter partes necrosadas e que muitas vezes não voltam ao seu normal. Mas é muito melhor escutar o nosso coração e ser sincera e perdoar se você achar que deve, desabafar, deixar transbordar e soltar tudo que precisa para que tudo seja resolvido da maneira mais pura possível. Uma amizade, assim como em qualquer outro tipo de relacionamento precisa de entrega e de confiança. E não pode ter dúvidas, não pode existir magoas. Nesse contratempo eu passo a refletir nas meninas, nas minhas amigas de sempre, camaradas, amigas irmãs, do peito, que brigo por elas, que me entrego e viro do avesso no que for preciso. Às vezes brigamos, mas eu sei que são pessoas que eu posso confiar. Sou tão grata por elas estarem comigo, por sermos cúmplices umas das outras, pelo o amor cultivado e nutrido com carinho. Às vezes nos afastamos um pouco, mas em outros tempos a aproximação acontece como um furacão. A cada dia que passa, eu às valorizo muito mais, a cada nova situação vivenciada eu tenho plena certeza que sempre estaremos juntas, talvez não seja em tempo real, talvez com um tanto de saudades, mas ali, sempre, do meu lado entre encontros e despedidas, entre pessoas que passam e outras que ficam. Diante de todos os acontecimentos e histórias juntas e outras nem tanto, mas compartilhadas.









Imagens: arquivo pessoal * niver da Déia 2009.

"Canção Excêntrica
Ando à procura de espaço
para o desenho da vida.
Em números me embaraço
e perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída,
em vez de abrir um compasso,
protejo-te num abraço
e gero uma despedida.

Se volto sobre o meu passo,
é já distância perdida.
Meu coração, coisa de aço,
começa a achar um cansaço
esta procura de espaço
para o desenho da vida.

Já por exausta e descrida
não me animo a um breve traço:
- saudosa do que não faço,
- do que faço, arrependida."
por: Cecília Meireles

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